quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Venha na slingada dia 7!


Organizada pela querida Rosângela da Matrice, a slingada periódica acontecerá no domingo, dia 7 de novembro das 13:30 às 17:00 horas, realizada especialmente com o grupo de fralda de pano, aqui no consultório, ficando ainda mais gostoso e acolhedor o encontro, sendo:

Fraldada: encontro de pessoas que usam fraldas de pano, curiosos e pessoas que querem conhecer mais. Para falar dos tipos de fraldas, das possibilidades de fraldas de pano hoje em dia, como lavar, cuidados, etc.

A Slingada foi criada para divulgar o uso de carregadores de bebês e dar apoio aos slingueiros. Nesse evento você pode experimentar e comprar os diversos tipos de carregadores, aprender variadas posições de uso, aprender a usar uma canga como carregador e tirar todas as dúvidas sobre uso dos slings, sendo:
• Slings de argolas e sua flexibilidade e versatilidade;
• Fast wraps - aconchego e memória intra-uterina para mãe e bb.
• Mei tai - peso distribuídos entre os ombros para bbs até 3 anos ou mais.
• Kepina - alternativa barata e simples.
• Poutch - prático mais com suas peculiaridades.

A Slingada também funciona como um encontro de mãe e pais com pensamentos semelhantes e que acreditam que colo e bebê foram feitos um para o outro, um útero com janela.

Lembro que: A Slingada acontece todo primeiro sábado do mês, sendo divulgada uma semana antes o local e o horário do evento, salvo imprevistos.

Endereço da Slingada:
Rua Grajaú, 599 – Sumaré – SP
Próximo ao metro Sumaré
Consultório do Pediatra Cacá

Essa slingada terá uma atividade especial, o Dr. Sérgio Médice Paolini Júnior (Cirurgião Dentista, Ortodontista e Ortopedista Facial).durante a slingada irá falar sobre a saúde bucal dos nossos baixinhos.

Leve um lanchinho para compartilharmos.

Será um dia muito especial como sempre.

Evento da Matrice - grupo de apoio a amamentação.
Coordenado por Rosangela Alves
amollis@ig.com. br – Cel: 8383-9075

Vejam algumas fotos da ultima slingada!











segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sobre a arte de brincar


Todo o conhecimento sobre a infância, se baseia na importância que o brincar tem para a criança como forma de conhecer, explorar, conquistar, reconhecer o mundo. Quando estas brincadeiras são feitas com quem mais se ama, o beneficio é ainda maior, pela segurança que a criança desenvolve durante seu crescimento e desenvolvimento.

Entendemos então, cada vez mais, a importância que os pais brinquem com seus filhos. O brincar para a criança é a forma, é o meio pelo qual ela descobre e explora o mundo. Se esta descoberta é sustentada pelo amor dos pais, consegue-se a segurança necessária para esta incurssão.Descobrir o mundo com a certeza do amor dos pais é a coisa mais bela, e que sustentará esta curiosidade.

Não consigo imaginar que as crianças desaprenderam a brincar, mesmo porque faz parte do universo infantil lidar com a realidade de forma lúdica, ou seja, brincando. Talvez pudéssemos dizer que os adultos estão perdidos em como brincar com as crianças. Ou ainda, fantasiando uma forma complexa de brincar, perdendo a simplicidade de simplesmente brincar. Como se tivesse que aprender a estar com crianças. Não ha necessidade de estar pronto para isto, basta ser presente. Por isto sinto que este pode ser o efeito nas crianças de ficarem guardando o tom que estes adultos vão dar para as brincadeiras, e ai sim perdendo a espontaniedade.

Os pais irão acompanhando e conhecendo a progressão deste explorar dos seus filhos tornándo-se mais amigos deles.Portanto é claro que isto irá aumentar seus vínculos. Estas brincadeiras devem começar desde recém-nascidos e nunca devem acabar, pois estamos falando da construção de uma longa amizade, que pode conter a alegria de brincar sempre!

Entre na brincadeira

Entrei na brincadeira, e respondi umas perguntas à querida Déborah, que fez esta matéria maravilhosa sobre a arte de brincar com os filhotes. Tenho mais sobre o assunto, mas acho que rende para mais um post! Desfrutem!


Entre na brincadeira

No mundo superprogramado de hoje, até crianças já sentem que infância passa rápido, porque não há tempo para brincar livremente. Escola, cursos e monitores têm seu papel, mas seu filho quer brincar com alguém muito mais especial: você.

Por Deborah Trevizan, mãe de Isadora e Pietro

Num domingo desses, a publicitária Luciana levou o sobrinho para o playground do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Atordoado com tanto espaço e sem professor, monitor ou animador por perto, o menino perguntou: "Tia, que é que eu faço agora?". A tia, que passou a infância no interior, e nunca teve essa dúvida quando criança, claro, ficou perplexa. "Ah, menino, vai brincar. Agora eu vou ter de ensinar criança a brincar?" Pois é. Parece que as coisas passaram tanto da medida que, sim, nós, adultos, precisamos lembrá-las de como inventar as próprias brincadeiras. Na escola e nos cursos, tem hora certa para brincar de boneca, pular corda ou jogar xadrez, sempre sob a supervisão de um monitor.

Atividades programadas têm seu papel, óbvio. Mas o trabalho da criança é brincar. Livremente. E os adultos têm um papel fundamental na brincadeira. Mas não só o adulto que é pago para isso. Seu filho quer brincar com você, pai e mãe. E também com a tia, os avôs, as avós... E cada vez que você topa entrar na brincadeira seu filho ganha, mas você também. Ele sente que você tem tempo para ele, se sente amado, feliz.

Se você se der o direito de virar criança um pouco com ele vai sentir os efeitos: brincar conecta, relaxa, abre novas possibilidades de entendimento, troca de papéis, é uma delícia. "A brincadeira é fundamental entre pais e filhos, não só porque os primeiros transmitem às crianças a cultura da brincadeira, ensinando-as a brincar, como estreitam os vínculos permitindo que se estabeleça uma relação afetiva. Também ajuda no desenvolvimento intelectual, afetivo, motor e social dos pequenos", explica a pedagoga Maria Angela Barbato, filha de Rosina e Luís.

Então, a melhor maneira de dar mais tempo para seus filhos é brincando. As crianças experimentam a ideia do tempo por meio da brincadeira, segundo uma pesquisa desenvolvida pela Nestlé, com foco na observação de crianças de 4 a 11 anos em escolas públicas e particulares de São Paulo e também em uma creche. O objetivo da pesquisa foi analisar essas crianças brincando em uma grande metrópole. Um dos aspectos que mais chamaram a atenção da pesquisadora Paula Pinto, mãe de Maria Luiza e Gabriela, antropóloga responsável pelo trabalho, foi a relação das crianças com o tempo nas brincadeiras.

É no ato de brincar que elas podem se transformar no que quiserem: bicho, adulto, mulher ou homem, voltar a ser bebê. Para Paula, as crianças também sabem que o tempo passa e não volta mais. “Há uma sensação de irreversibilidade em relação ao tempo, percebida na fala delas, como 'infância é alguma coisa que passa rápido', 'que a gente tem de aproveitar' ou 'que não volta mais'. É como se as crianças, ao viverem um momento em que é permitido brincar, vivessem em um mundo que é só delas”, afirma a antropóloga.

Muito ajuda quem pouco atrapalha
O excesso de zelo dos pais pode atrapalhar as crianças em suas brincadeiras. Uma pesquisa realizada pela marca OMO em quatro países, Brasil, Argentina, França e Reino Unido, revelou que aqui os pais se preocupam muito com a segurança das crianças durante as brincadeiras. Cerca de 82% dos pais brasileiros entrevistados alegaram preocupação com a possibilidade de as crianças se machucarem, o que acaba sendo um impedimento na hora de deixá-las experimentar coisas novas. Nos outros países participantes da pesquisa o número cai para 69%.

Os índices de violência, principalmente nas grandes cidades, e o fato de os pais passarem muito tempo longe dos filhos, contribuem, sem dúvida, para esse excesso de zelo. De acordo com Jerome e Dorothy Singer, professores de psicologia da Universidade de Yale (EUA) e coordenadores desta pesquisa da OMO, é fundamental que as crianças vivenciem experiências novas que envolvam um certo risco, desde que com supervisão e regras claras. Para a gerente de marketing da marca, Regina Camargo, mãe de Margarida, Theodoro e Irene, as crianças brasileiras poderiam ser mais incentivadas a participar de jogos ao ar livre.

Brincadeira é coisa séria
Muito séria. Brincando se explora o mundo, se constrói o saber, se aprende a respeitar o outro, além de desenvolver o sentimento de grupo e ativar a imaginação.

Para a psicóloga e consultora da fabricante de brinquedos Hasbro, Eliana de Agostini Rolim, mãe de Julia e Rafael, o brincar é uma necessidade básica da criança, assim como a nutrição, a saúde, a habitação e a educação. Para ela, é fundamental que os pais possam destinar algumas horas para brincar com a criança.

“No brincar a criança tem a oportunidade de expressar seus sentimentos, anseios, desejos, necessidades, alegrias e tristezas. É nessa brincadeira que a criança aprende a negociação de regras de convivência, e a representação dos seus sentimentos. Brincando de escolinha, casinha, dentista, ela representa e interpreta o mundo adulto. É interessante observar a criança brincando”, completa a psicóloga.

Não só observar, mas garantir seu espacinho na brincadeira. Especialistas afirmam que a participação ativa dos pais fortalece a segurança e a autoconfiança das crianças em suas experiências e descobertas, além de estreitar a relação. E caso os pais tenham se esquecido de como brincar ou se sentem inseguros sobre as brincadeiras mais apropriadas, já existem especialistas que podem dar uma ajuda.

Na Academia Boobambu, voltada a atividades infantis, em Brasília, uma das palestras mais procuradas pelos pais é “Como estimular seu filho brincando”, que orienta sobre as fases de desenvolvimento das crianças, as melhores brincadeiras para cada faixa etária e sobre a importância de brincarem juntos.

Para a educadora Silvia Lobato, filha de Gabino e Ivone, responsável pelo curso, as brincadeiras ajudam os pais a interagirem e conhecerem melhor seus filhos. “Muito mais do que passatempos, essas atividades próprias da infância colaboram na organização da rotina das crianças e as prepara para a vida adulta. A brincadeira é indispensável no contexto familiar”, completa a educadora.

Para o pediatra Carlos Eduardo Corrêa, filho de Sylma e Victor, o brincar para a criança é o meio pelo qual ela descobre e explora o mundo – e se essa descoberta for sustentada pelo amor dos pais, os benefícios só aumentam. “Descobrir o mundo com a certeza do amor dos pais é a coisa mais bela e que fará com que a curiosidade se prolongue”, afirma o pediatra. Então, aproveitando o mês das crianças, dê esse presente, o melhor de todos: brinque bastante com seu filho.

Brincar com seu filho
*Quando?
A toda hora, até mesmo antes de nascer.
*Onde?
Em qualquer lugar. Os bebês já brincam dentro da barriga das mães.
*Como?
Deixando a criatividade fluir. Pergunte ao seu filho, ele é a melhor pessoa para responder esta pergunta.
*De quê?
De tudo, com brinquedos, sem brinquedos, de correr, de pular. Não há limites para a imaginação nas brincadeiras.
*Por quê?
Porque o brincar ajuda, entre outras coisas, no desenvolvimento de importantes funções mentais, como o raciocínio, a memória, a concentração, a simbolização e a linguagem. E porque brincar é bom demais.

10 dicas pra brincar melhor com seu filho
*Conversem e se toquem
*Não rotule
*Cultive a organização, ensinado-o a guardar os brinquedos, por exemplo
*Deixe que a criança tome a dianteira
*Pesquise um pouco mais sobre o desenvolvimento infantil
*Arrume tempo para brincar
*Não tenha preconceitos
*Não tenha pressa
*Tenha muita disposição
*Vire criança novamente

10 melhores brincadeiras pra fazer com seu filho (e o que ele aprende)
1. Jogos de faz-de-conta
Dá à criança a oportunidade de aprender sobre relacionamentos e interação social
2. Exploração do corpo com os pais
Estimula a consciência corporal
3. Dançar
Deixa as crianças mais livres e mais soltas
4. Imitações
É um ótimo exercício de observação
5. Brincar de boneca
A criança pode experimentar atividades que, na vida real, não seriam possíveis
6. Inventar histórias coletivas
Favorece o convívio social, e as crianças aprendem a trabalhar em grupo
7. Caça ao tesouro
Desenvolve o raciocínio sem que pensar se torne uma tarefa chata
8. Jogar e ensinar jogos de tabuleiros ou de ação para os mais velhos e aventureiros
Possibilita agir para ver resultados
9. Ensinar jogos de Internet
Favorece a interação entre pais e filhos
10. Andar de bicicleta
É uma atividade física, e os benefícios são comprovados cientificamente

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Baby Yoga e Yoga para Gestantes

Querid@s, estamos começando uma nova fase aqui no consultório, ampliando atividades e horizontes! Divulgo para vocês o calendário das sessões de Baby Yoga e Yoga para gestantes que estão começando com a Luciana. Apareçam!

1 vez por semana:
- Gestantes ( 2ª ou 4ª das 19h às 20h30 - R$ 180,00 )
- Baby Yoga ( 2ª ou 4ª das 15h às 16h - R$ 160,00 )
2 vezes por semana:
- Gestantes ( 2ª e 4ª das 19h às 20h30 - R$ 260,00 )
- Baby Yoga ( 2ª e 4ª das 15h às 16h - R$ 250,00 )
Obs.:
- Todas as interessadas tem direito a uma aula experimental, que deve ser agendada.
- Número máximo 3 (três) alunos (as) por turma.
Contatos:
Luciana Carvalho (11) 8225-0459 / 3875-7645
Local: Consultório do pediatra Cacá
End.: Rua Grajaú, 599 - Sumaré - São Paulo - SP
Fone: (11) 3672-6561

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Oficina com Sonia Hirsch em Sampa!

As materníssimas Pérola Boudakian e Ana Thomaz em parceria, programam esta oficina super legal!

OFICINA COM SONIA HIRSCH EM SÃO PAULO

Comer bem, comer mal
Num mundo em que temos a liberdade de comer o que quisermos, quanto quisermos, sem os limites naturais da cultura, da região e das estações do ano, estamos coPublicar postagemmendo bem ou comendo mal? Como pensar a comida nas horas de comprar, cozinhar e fazer o prato?

Quantidade, qualidade e autoconhecimento são três critérios confiáveis para uma alimentação variada e saudável ao mesmo tempo. Este o viés da palestra “Comer bem, comer mal”, em que a jornalista e escritora Sonia Hirsch expõe a relação entre a comida impensada e os grandes problemas de saúde da atualidade. Entre eles a candidíase, que inferniza a vida sexual da maior parte das mulheres mas está presente também nos homens, incógnita, em outros lugares e sistemas do corpo. É o tema do novo lançamento de Sonia, o livro Candidíase, a praga – e como se livrar dela comendo bem.


Local: Caçamba das Artes

Rua: Muniz de Sousa, 517 Aclimação

Data: 23/10/10 – sábado

Horário: 17h

Localização: Rua do Parque da Aclimação, à 20 min do metrô Ana Rosa caminhando.

Inscrições e informações pelo e-mail: oficinacomerbem@gmail.com


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sorteio da Via Láctea na Lilith, nesta sexta!


As nossas amigas da Lilith estão promovendo para esta semana no blog, um sorteio de uma blusa de amamentação da VIA LÁCTEA modas, e a feliz ganhadora poderá escolher a cor e o modelo que mais lhe agaradar.... impredível!

As interessadas, passem lá no blog e deixe um EU QUERO na página de comentários desta postagem, dizendo seu nome, email, quanto tempo tem o seu bebê ou quantas semanas você está de gravidez e cruze os dedinhos!
Sexta que vem, (dia 8 de outubro) a gente faz um sorteio com aquele programinha random.com.
Grande beijo a todas e boa sorte!
Cris e Carol da LILITH

http://luzdalilith.blogspot.com
http://lojalilith.blogspot.com
http://lilith.aquitanda.com/

Alimentos de bebês têm sal de mais e ferro de menos


Por Alex Sander Alcântara
Da Agência Fapesp
Para o site da Uol

A partir do sexto mês de vida, crianças nutridas somente com leite materno precisam também passar a se alimentar com alimentos sólidos preparados em casa.

Ao analisar amostras de alimentos de 78 lactentes, entre 6 e 18 meses, um estudo publicado no Jornal de Pediatria indica que eles apresentaram em geral baixo teor de ferro, mas quantidade excessiva de sódio.

O objetivo do estudo, desenvolvido na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade do Estado do Pará (UEPA), foi determinar, por análise química, a composição nutricional de macronutrientes, energia e quantidades de sódio e ferro em alimentos preparados em domicílio para lactantes em Belém (PA) em dois grupos de estratos socioeconômicos diferentes.

O estudo apontou que 95% dos chamados alimentos de transição tinham teor inadequado de ferro no grupo socioeconômico mais baixo, contra 65% no estrato mais elevado. Todas as amostras analisadas, em ambos os grupos, apresentaram quantidade de ferro abaixo do mínimo recomendado (6,0 mg/100 g).

Por outro lado, o excesso de sódio foi constatado em 89,2% e 31,7%, respectivamente, para a referência que é de 200 mg/100 g.

De acordo com Mauro Batista de Morais, professor do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apesar de serem raros os estudos de composição química de alimentos para lactentes preparados em domicílio, a pesquisa mostra que o período de transição é realizado frequentemente de maneira imprópria.

“O estudo lança um alerta em relação à quantidade de sódio encontrada na comida. O termo ‘papa salgada’, frequentemente usado na orientação para que a mãe introduza comida salgada na dieta infantil, deveria ser abolido. O termo funciona como um incentivo para se adicionar mais sal. Preferimos ‘papa para o almoço’”, disse Morais, que é professor da disciplina de Gastroenterologia na Unifesp, à Agência FAPESP .

Segundo o pesquisador, o estudo possibilita uma revisão na elaboração de diretrizes metodológicas na área. A pesquisa corresponde à tese de doutorado de Marcia Bitar Portela Neves, defendida em 2009 na Unifesp, com orientação de Morais.

Atualmente, o pesquisador desenvolve o projeto “Interação da microbiota intestinal e da função digestivo-absortiva com o ambiente social e a condição nutricional: distúrbios intestinais como argumentos para reduzir iniquidades”, com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

O estudo em Belém foi realizado entre junho de 2005 e setembro de 2006. Foram analisadas 78 amostras de alimentos de transição preparados em domicílios. As crianças eram sadias e não apresentavam peso ou estatura baixos para a idade.

As amostras foram coletadas de famílias atendidas em dois tipos de serviço de atendimento pediátrico: na Unidade Materno-Infantil da UEPA e em quatro consultórios privados em Belém. A proposta foi comparar crianças de diferentes estratos socioeconômicos.

As porções – refeições servidas no almoço, como feijão, arroz, macarrão, carne e hortaliças – foram coletadas nas casas dos participantes, congeladas e, posteriormente, enviadas por via aérea a São Paulo, onde foram analisadas no Laboratório de Bromatologia e Microbiologia de Alimentos da Unifesp.

Poucos lipídios

Os pesquisadores analisaram quimicamente as proteínas, lipídios, hidrato de carbono, ferro, sódio e valor energético total. De acordo com Tania Beninga de Morais, coordenadora do Laboratório de Bromatologia e Microbiologia de Alimentos da Unifesp e co-orientadora do estudo, o teor de ferro foi escolhido porque sua deficiência é a principal carência nutricional nessa faixa etária.

“Até o sexto mês de vida, o leite materno é o melhor e mais completo alimento para o lactente. Após essa idade, torna-se necessária a introdução de outros alimentos na dieta. Mas o que temos percebido é que o processo de transição para a dieta da criança se faz de maneira inadequada pela oferta, em quantidade e em qualidade, de alimentos inapropriados. Isso pode ser crítico para a manutenção de um crescimento saudável”, disse Tania.

Segundo ela, a necessidade de ferro nessa faixa etária é de 11 mg/dia nos menores de 1 ano. “Essa taxa é difícil de ser atingida pela alimentação normal, pois as carnes têm teor de ferro relativamente baixo frente à capacidade gástrica reduzida das crianças nessa fase da vida”, explicou.

A pesquisadora conta que a carne bovina, como acém moído e cozido, por exemplo, tem cerca de 3 miligramas de ferro em cada 100 gramas, o equivalente a um bife médio.

O estudo demonstrou também a insuficiência na quantidade de lipídios encontrada nos alimentos. “Acredita-se que a recomendação de limitação da ingestão de lipídios na dieta de adultos esteja, possivelmente, influenciando também a preparação de refeições para as crianças. Ressalte-se que os lipídios são essenciais, nessa fase da vida, na maturação do sistema nervoso”, disse.

De acordo a professora da Unifesp, o excesso de sódio pode ser explicado pelo hábito da população brasileira de consumir sal de cozinha em quantidades muito acima do recomendado, o que pode se refletir também na preparação de alimentos destinados às crianças.

“Educar o paladar dos lactentes para alimentos com baixo teor de sal é importante, uma vez que sua ingestão excessiva está associada com aumento da pressão arterial no futuro”, alertou.