sexta-feira, 27 de abril de 2012
O conceito do continuum - a importância da fase do colo
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Palmada não educa!
terça-feira, 17 de abril de 2012
E o pediatra?
É interessante observar como algumas mulheres percebem o nascimento de seus bebês. Observo que há um grande investimento no parto. Técnicas de preparo corporal, vaginal. Pessoas especiais para acompanhá-las durante o trabalho de parto e parteiros dedicados a causa do parto natural. O que considero super apropriado. E o pediatra?
É claro que quando o parto transcorre sem anormalidades, o pediatra não terá um papel importante no parto. Poderá ajudar no acolhimento do bebê de forma suave. Mas não terá uma função médica, técnica importante. Mas assim como o pediatra nenhum dos profissionais contratados será de grande importância quando o parto transcorrer sem complicações.
É sobre este tema que faço esta reflexão. Já assisti vários filmes com depoimentos de profissionais do parto e de mulheres que diziam que um parto natural garante um nascimento tranqüilo e muita facilidade em lidar com o bebê. Será tão simples assim? Um parto natural gera uma mãe e um pai aptos e um bebê tranqüilo? Existe esta magia?
Na minha experiência, não. Já assisti a partos naturais lindos e sem complicações com um pós-parto complicado. Amamentação, bebês chorões, muita privação de sono são alguns dos componentes do pós-parto que podem ser bastante difíceis.
Por outro lado já assisti pais de filhos com cesariana indesejada que tiveram um pós-parto super tranqüilo. Não acredito que ter o parto desejado seja garantia do nascimento de um bebê fácil de lidar e é aí que o seguimento no pós-parto fará grande diferença. Mesmo com todas as surpresas que o nascimento pode trazer.
Acredito que meu trabalho seja este. Ajudar na constituição de uma família com pais empoderados. O empoderamento da mulher não se resume ao parto, ele se completa com o nascimento. E aí aparece a razão de ter um pediatra que auxilie neste processo. Este sim será meu papel caso não surjam questões durante o trabalho de parto e o parto, que solicitem uma intervenção mais técnica como cuidador do bebê.
Quando nasce um bebê nasce uma família. Nasce pai e mãe. Nascem avós, tios e aparecem várias opiniões conflitantes sobre o que é certo e errado. E fundamental auxiliar os pais nas escolhas que farão da forma como querem construir sua família. Cada um terá que abrir mão do modelo que conhece de família, para juntos construírem sua própria família. Sem imposições e sim sugestões de modelos adequados ao que acreditem ser o correto. E o fortalecimento dos pais para enfrentar toda a cobrança social que será feita, já que um bebê é visto como um bem público, todo mundo com direito de opinar.
Espero ser capaz de estar e ser presente...
Por Dr. Carlos Eduardo Corrêa, o Cacá.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
III Festival Centro da Terra para Crianças
de 7/4/2012 a 6/5/2012
sáb e dom, 2 sessões por dia, horários variados.
O Teatro do Centro da Terra será palco das apresentações do III Festival Centro da Terra Para Crianças, trazendo de 7 de abril e 6 de maio de 2012 20 apresentações gratuitas precedidas por uma Oficina de Artes (também grátis), ministrada pela escola de artes Grão do Centro da Terra, com temas inspirados nos enredos das montagens que as crianças irão assistir.
As apresentações são sempre aos sábados e domingos, com duas sessões por dia em horários variados, que devem ser consultados com atenção. As sessões são compostas de oficina e apresentação. A entrada é franca e os ingressos devem ser retirados na bilheteria no dia da apresentação, a partir das 12h, exceto nos dias 22, 28 e 29 de abril, quando a bilheteria abrirá às 09h.
A cada fim de semana entram em cartaz montagens diferentes, totalizando 20 apresentações gratuitas dos seguintes espetáculos:
O Ilha do Tesouro (Kompanhia do Centro da Terra)
Biliri e o Pote Vazio (Kompanhia do Centro da Terra)
Histórias por Telefone (Cia. Delas de Teatro)
Circo de Bonecos (Cia. Circo de Bonecos)
Circo de Pulgas (Cia. Circo de Bonecos)
Ciranda das Flores (Cia. Prosa dos Ventos)
As Velhas Fiandeiras (As Meninas do Conto)
A Lenda Mágica (Grupo Oculto do Aparente)
O Bobo do Rei (Cia. Vagalum Tum Tum)
Othelito (Cia. Vagalum Tum Tum)
O Festival é uma idealização da Kompanhia do Centro da Terra, patrocinado pela CAIXA Econômica Federal. A programação - voltada para crianças de
Vá conferir!!!
Acesse: http://www.centrodaterra.com.br/conteudo.asp?conteudoId=197
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Linguagem de sinais para bebês diminui frustração
Ensiná-los a se comunicar é como ensinar a dar tchau.
Quando o bebê começa a chorar incessantemente, mães costumam agir por tentativa e erro até descobrir o que o aflige. Mas para Natália Sant’ana Hayashi, de 29 anos, essa dificuldade durou pouco. Por volta dos oito meses de idade, Bárbara, filha de Natália, era capaz de demonstrar o que queria usando linguagem de sinais. Nas últimas décadas, estudos científicos revelaram que os bebês, antes de aprenderem a falar, são capazes de se comunicar por meio de gestos e sinais com mais facilidade do que se imagina. Para a mãe, foi um alívio. Assim como para muitos pais norte-americanos.
Uma das pioneiras no assunto é Linda Acredolo, especialista em desenvolvimento infantil, cofundadora do Programa de Sinais para Bebês (Baby Signs Program) e coautora do livro “Sinais: A Linguagem do Bebê –Como se Comunicar com o Seu Bebê Antes que o Bebê Possa Falar” (M. Books). Em entrevista por e-mail, ela afirma que já existem mais de mil instrutores da linguagem de sinais para bebês nos Estados Unidos, além de representantes em diferentes países, dispostos a ensinarem mães interessadas.
Para Linda, além da comunicação, a linguagem de sinais para bebês reduz a frustração, mostra aos adultos que os bebês são mais espertos do que se imagina, enriquece o vínculo entre mãe e filho e promove um desenvolvimento emocional mais saudável. E não é complicado. “Ensinar sinais é como ensinar os bebês a acenarem ‘tchau’: uma simples ação combinada a uma palavra, que deve ser repetida consistentemente, muitas vezes e em diferentes situações”, diz.
Janaina Vessio, à época secretária bilíngue e hoje mãe em tempo integral, leu o livro de Linda e decidiu ensinar a linguagem de sinais ao filho Nicholas (veja vídeo ao final da página). Ele tinha oito meses. “Resolvi aplicar com o Nick depois de ler muito e entender que a frustração e as birras estão relacionadas ao fato do bebê não conseguir expressar o que quer”, escreveu. Hoje a mãe define Nicholas, com pouco mais de três anos, como um “menino esperto e capaz de lidar muito bem com frustração”. “Acredito que isso tenha a ver, sim, com os sinais”.
Ela pretende ensinar a linguagem de sinais para os gêmeos Noah e Olivia, hoje com três meses, quando for a hora.
Método se baseia na associação dos sinais aos objetos, de maneira consistente, acompanhados da repetição da palavra.
No Brasil, a linguagem de sinais começou a ser difundida recentemente. Natália aprendeu com a especialista em estimulação pré-natal e infantil Paula Olinquevitch, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Little Genius. Segundo ela, as mães podem começar a apresentar os sinais um pouco antes dos seis meses. A partir de cerca de oito meses – período que varia de bebê para bebê – os primeiros sinais começam a aparecer. Foi por volta desta idade que Bárbara olhava para a mãe e fazia sinais dizendo que estava com calor ou frio.
A cantora Wanessa Camargo também recorreu a Paula para aprender como mostrar ao filho José Marcus, de três meses, a linguagem de sinais. O curso é simples e dura cerca de duas ou três horas. As mães aprendem a parte teórica sobre os sinais e um repertório básico. “Na primeira aula as mães já aprendem vinte sinais”, diz Paula.
A linguagem de sinais para bebês não é tão complexa quanto a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). As crianças surdas, por exemplo, irão aprender toda a gramática de LIBRAS, linguagem que não será utilizada apenas por um período curto. Já as outras crianças só precisarão aprender os sinais para se comunicarem até o momento em que começam a falar. Até lá, os pais não podem se esquecer de continuar acompanhando os gestos com a linguagem verbal.
Após um tempo, a criança associa o sinal ao objeto.
Para Camila Reibscheid, pediatra do Hospital São Luiz, em São Paulo, ensinar ao bebê a linguagem de sinais é uma atitude extremamente benéfica. “A criança realmente tem a capacidade de aprender”, comenta. Os receios de que os gestos substituam a fala e atrasem o desenvolvimento verbal da criança são refutados pela neuropediatra Saada Resende de Souza Ellovitch, especialista em neurodesenvolvimento. “(A linguagem de sinais) é um método alternativo, não prejudica a entrada auditiva. É uma entrada sensorial a mais para o cérebro”.
Esse estímulo pode fazer com que as crianças tenham um ganho de vocabulário e comecem a falar mais precocemente. Mas tudo depende do desenvolvimento natural da criança.
De acordo com o neurologista e neuropediatra Mauro Muszkat, da Unifesp, o bebê começa a processar o mundo primeiramente através da mediação gestual e intuitiva para depois chegar à linguística. Para ele, a linguagem de sinais irá, sim, estimular a comunicação verbal precoce. Mas o principal é pesar os ganhos e investir na sintonia com a criança. “A afetividade com que a mãe conduz o vínculo é mais importante na comunicação do que o estímulo”.
Vídeo do Nicholas, aos 11 meses, usando a linguagem de sinais:
Fonte: http://delas.ig.com.br/filhos/linguagem-de-sinais-para-bebes-diminui-frustracao/n1597726598925.html
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Meu Pós-Parto...
O nascimento é um rito de passagem do mundo das águas para o mundo do “ar”. É interessante pensar que apesar da sensação corporal ser de leveza nas águas, é com a leveza do ar que descobrimos como podemos ser pesados.
Foram assim, para mim, estes últimos dias. Após a inauguração do Espaço Nascente, fui destruído por um quadro respiratório com muita tosse, mal estar e muco. Entrar no mundo do ar nem sempre pode ser fácil. Aprender a respirar. Aprender a se oxigenar.
Caí de cama com uma gripe terrível. Muita tosse, dores no corpo e muita mucosidade. Entrar no mundo do ar pode não ser sempre fácil. Afinal, temos que aprender a respirar.
Foi assim que me senti. Como se meu corpo estivesse em luta com o ar e se recusasse a se entregar. E produzisse muco, líquidos, como um apego ao mundo das “águas”. E vinha a tosse. Uma briga interna, buscando posicionar-me no aqui e agora.
Lembrei dos bebês que ao nascer, apresentam desconforto respiratório. Lembrei dos bebês que pequenos ainda são acometidos por dificuldades respiratórias de gravidades variadas, vivendo este mesmo conflito. A qual mundo pertenço? Em que meio estou?
Veio à febre, o elemento “fogo” apareceu. Grande agitação... Delírios febris!
A força transformadora do fogo, desorganizando meu esquema corporal para, depois, encontrar novo equilíbrio.
O muco vai se tornando espesso, se solidificando. Surge o elemento “terra”. E, assim, o conflito vai se resolvendo. Mesmo pesado, na leveza do ar, fico em paz com o respirar. A vida vai ficando melhor, mais aérea, mais água, fogo e terra...
Obrigado,
Carlos Eduardo Corrêa, o Cacá.