terça-feira, 26 de junho de 2012

O LUGAR do PAI - O HOMEM está mais envolvido com a(o)s filha(o)s?


Por: Marcus Renato de Carvalho + Correio Braziliense

A saída é VALORIZAR a PATERNIDADE...
Assumir faz bem
Basta pagar pensão?

A sentença que pune financeiramente um homem por abandono afetivo reacendeu esse debate, mas ela é apenas mais uma na sequência de decisões sobre o tema ao longo dos anos


Gláucia Chaves
Publicação: 03/06/2012
Ao longo da história, a figura paterna sofreu transformações. O pai já foi visto exclusivamente como provedor da família, responsável pelo sustento e por manter a ordem em casa. Já foi o comandante inalcansável, a quem os filhos batiam continência e só podiam recorrer quando precisassem resolver questões palpáveis, como falta de dinheiro. O mundo mudou, a sociedade também. O homem que ainda carrega o ranço da paternidade fundada apenas no fator financeiro convive com muitos que já não se satisfazem em garantir só o prato de comida: eles querem proximidade.
 
Mas o quão profundo é o abismo que separa o pai ansioso por laços afetivos daquele que se abstém desse contato, ainda que pague pensão alimentícia? Em abril deste ano, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) tomou uma decisão que aumentou o volume dessa discussão. Acusado de abandono afetivo, um homem foi condenado a pagar R$ 200 mil à filha, como indenização pelos anos em que não cumpriu o papel de pai. Magoada, a autora da ação alegou que o motivo de ter levado a questão à justiça foi o tratamento diferenciado que recebeu de seu progenitor, em comparação aos irmãos, frutos de um segundo casamento do pai. Tal sentença não apenas suscita a polêmica sobre uma possível “monetarização” do amor, mas leva a outras questões: qual é hoje o papel do pai? Qual a importância da paternidade para o crescimento saudável de uma criança e para a formação de um adulto?
 
A Revista do Correio procurou pesquisas e ouviu especialistas na área jurídica e psicossocial para refletir sobre a importância do afeto paterno nos dias atuais. As opiniões nem sempre coincidem, mas de modo geral convergem para um fato: sim, filhos com a figura paterna presente têm mais chances de terem um desenvolvimento saudável e uma vida afetiva bem-sucedida. Também é verdade que os pais estão procurando ter um novo tipo de relação com a prole, apesar de ainda haver um número absurdo de crianças registradas sem o nome paterno. Entenda por que essa aparente contradição é mais uma etapa no longo processo de mudança em direção a uma paternidade consciente.
 
 
Choque de gerações
 
Matheus e Tiago — de 6 e 2 anos, respectivamente — são criados com fartura de carinhos, beijos e abraços. Eles nem imaginam que o pai, hoje com 50 anos, teve uma infância bem diferente da deles. Criado no interior de São Paulo, o administrador de empresas Ademir Maranho veio de uma família em que os pais não tiveram acesso a conhecimentos acadêmicos. “Meu pai teve que trabalhar na lavoura, não teve como estudar”, explica. Quando a vida ficou um pouco menos apertada, o clã migrou para a capital paulista. O pai passou a ser sapateiro, enquanto a mãe arrumou um emprego fora de casa. Ademir passava os dias com a avó.
 
 
Ter comida na mesa, dinheiro para pagar as contas, roupas para vestir e, se tudo desse certo, alguma reserva financeira para eventualidades era a prioridade absoluta dos donos da casa. “O toque e o afeto existiam, mas de uma forma bem rude”, relembra Ademir. A hierarquia também era cuidadosamente delineada: brincar na rua, tudo bem. Chegar em casa depois do pai, jamais. “Quando ele chegava do trabalho, dava um assobio no portão”, descreve. “Tínhamos que voltar correndo porque entrar em casa depois dele era complicado.”
 
 
Ainda que demonstrações mais efusivas de afeto fossem escassas, o pai de Ademir prezava pela companhia dos familiares. As constantes visitas a primos, avós e demais parentes eram obrigatórias. “Ele reclamava bastante quando não era visitado por esses mesmos parentes”, completa. “Era tudo muito família. Isso, para ele, era precioso.”
 
 
O único momento em que os dois ficavam juntos de verdade era na pescaria — atividade que faz parte da rotina de Ademir até hoje. Nessas ocasiões, o silêncio para não espantar os peixes servia também como uma espécie de contrato velado entre os dois: nada precisaria ser dito ou feito, apenas a presença de ambos era suficiente. A agitação da adolescência, contudo, quebrou a tranquilidade. Ademir enveredou por movimentos estudantis, grupos da igreja e outras distrações que acabaram fazendo com que o tão esmerado convívio com a família fosse deixado de lado. O pai morreu em decorrência de um enfisema pulmonar após a emocionante partida da Copa do Mundo de 1986, em que o Brasil foi eliminado pela equipe francesa nas quartas-de-final.
 
 
O jeito contido e reservado do pai não causou mágoas. A afetividade daquele que foi criado em um ambiente hostil, em que a prioridade era sobreviver, foi demonstrada de maneira igualmente discreta. “Ele sempre usou chapéu. Na minha formatura, ele queria um chapéu novo, então, rodamos por São Caetano do Sul, São Bernardo e São Paulo atrás de um, mas não encontramos.” A odisseia, embora fracassada, representou um dos momentos mais marcantes para Ademir. “Ele acabou indo com o velho mesmo, mas significou muito para mim o fato dele querer ir bem arrumado.”
 
 
Várias sentenças e uma história
 

Se fosse possível transformar sentimentos em cifras, quanto valeria um abraço? Quanto custaria um “eu te amo”? Em abril, o STJ condenou um homem a pagar R$ 200 mil à filha pelo chamado abandono afetivo. Ainda que nunca tenha se recusado a pagar a pensão alimentícia da primogênita, hoje com 28 anos, o pai, de acordo com a ministra Nancy Andrighi, da Terceira Turma do STJ, não deu suporte emocional para que a filha se desenvolvesse como os demais irmãos. Ou seja, o dinheiro do pai não foi suficiente para suprir as demandas sentimentais da mulher. Diante da sentença, há uma série de interpretações. Será que tal decisão cria um precedente? Como os tribunais vão se posicionar a partir de agora?
 
 
Rodrigo da Cunha Pereira, presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Família e o primeiro advogado a entrar com o pedido de indenização por abandono afetivo no país, diz que há três fortes argumentos contra esse tipo de ação. O primeiro diz respeito à tentativa de “obrigar” um indivíduo a amar outro, por meio da coação jurídica. O segundo é a “monetarização” do afeto: é possível estipular um valor que pague o abandono? A terceira ressalva é o resultado de tal iniciativa, uma vez que uma ação como essa pode acabar definitivamente com qualquer possibilidade de aproximação entre pais e filhos. Para Pereira, contudo, o que está em jogo não é o sentimento de afeto, mas as obrigações de todo homem que se torna pai. “Claro que não se pode forçar ninguém a ter apreço por outra pessoa, mas ser pai é cuidar, zelar, impor limites. O pai que não faz isso tem que ser responsabilizado”, defende.
 
 
Pereira ressalta que não se deve confundir um processo como esse com a banalização do abandono em qualquer tipo de relação. “Quando um filho vai à justiça, é porque passou a vida inteira mendigando o amor do pai”, comenta. “É claro que sofrimento e dor fazem parte da vida, mas é diferente com o abandono. Nesses casos, o Estado deve entrar no meio.” Luciano Lima Figueiredo, advogado especialista em direito da família e mestre em Direito Privado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), diz que a tese de abandono afetivo não é algo totalmente novo. Até então, contudo, ele diz que o poder judiciário era reticente. “Agora, a decisão do STJ mostra que ele abraçou a tese”, comenta.
 
 
Assim como Rodrigo, ele diz que um dos maiores argumentos contrários à medida é a confusão que se faz pela possibilidade de indenização por pura ausência de afeto, em qualquer situação. “É impossível indenizar o abandono afetivo. Se assim fosse, as pessoas poderiam mover ações por término de namoro longo”, exemplifica. Mesmo com o apoio financeiro dado pelo pai, o advogado salienta que um dos principais motivos para a condenação foi de questão moral. “O provimento material envolve tudo o que é necessário para uma vida digna, como vestuário, lazer e manutenção da vida social”, completa.
 
 
Por analogia, o advogado diz que não acompanhar o desenvolvimento intelectual do filho e deixar de prestar assistência em períodos complicados da vida poderia até mesmo ser comparado ao crime de abandono de incapaz. O problema é que não há ainda critérios para definir exatamente o que é o abandono afetivo. “Não existem leis no Brasil que tragam os requisitos necessários para verificar essa questão”, reforça. Na falta de diretrizes específicas, o desfecho de cada caso fica a cargo do juiz — que analisará todos os aspectos envolvidos em cada situação, como provas de que o pai foi mesmo negligente ou se ele está sendo vítima de uma mãe rancorosa e pouco honesta.
 
Leia a íntegra desta reportagem na edição nº368 da Revista do Correio Braziliense..

Publicado em: 6/6/2012

Fonte: http://www.aleitamento.com/cuidado-paterno/conteudo.asp?cod=1685

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Diga NÃO ao desmame abrupto

Por Dra. Andréia Cristina Karklin Mortensen, neurocientista e membro da nossa comunidade.

Diante a tantos relatos de desmames abruptos e precoces que não resultam em melhoria no sono, pelo contrário, resolvi agrupar informações sobre desmame abrupto e possíveis consequências para a mãe e a criança. Espero que sirvam para reflexões gerais na comunidade. O desmame abrupto é extremamente traumático para toda a família e isto infelizmente ainda é comum: algumas mães deixam de dar o peito de uma hora para outra, com soluções drásticas como dormir fora e deixar a criança aos cuidados de parentes, aplicar produtos desagradáveis nos seios para que a criança os rejeite pelo gosto ou ainda com mentiras, enganações e choques visuais, como exemplo usar um band-aid nos seios e dizer à criança que estão machucados.

A amamentação é algo TÃO importante na vida da mãe e da criança, foi o início de comunicação entre mãe e filho, foi fonte de nutrição, de afeto e não deve terminar de uma maneira brusca, com artifícios, enganações, mentiras, fazendo com que a criança talvez se sinta culpada por ferir sua mãe. Essa é uma responsabilidade e culpa enormes que são transferidas para o filho no evento de um desmame repentino. Quando perde o peito de repente, a criança se sente desolada, sofrendo uma perda, pode se sentir rejeitada pela mãe, gerando insegurança e muitas vezes rebeldia. A perda repentina do seio materno pode causar trauma emocional na criança, já que amamentação não é somente fonte de nutrição para o bebê, mas fonte de segurança e conforto emocional também. Não há absolutamente como explicar a um bebê que repentinamente não pode mamar mais.

Desmames abruptos não permitem que ambas partes físicas e emocionais de mãe e filho sejam trabalhadas gradualmente. Por outro lado, ao promover um desmame gradual podem-se compensar aos poucos outros tipos de atenção para compensar a perda do contato íntimo da amamentação. Na mãe, o desmame abrupto pode resultar em ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto lactífero e mastite, além de tristeza ou depressão, por luto pela perda da amamentação ou por mudanças hormonais. Depressão pode surgir por um decréscimo abrupto dos níveis hormonais maternos, portanto mães com história anterior de DPP devem especialmente atentar para as consequências de um desmame abrupto.

O desmame deve ser natural, consensual, em acordo entre mãe-filho, isto é, haverá um tempo e um ritmo próprio, um período da vida da mãe e do filho em que ambos aprendem a dar e receber alimento, aconchego e a se comunicarem de uma maneira nova, que não com os seios. São, portanto, três elementos a serem considerados de grande importância na amamentação: nutrição, afeto e comunicação. Quando ambos três itens estão plenamente supridos sem a amamentação num processo de autonomia e maturidade vindo da criança, um desmame gradual pode ser promovido. Em outras palavras, deve ser resultado de uma maturidade da criança e não uma imposição da mãe ou de outros familiares ou conhecidos, ou ainda médicos.

No segundo ano de vida a criança necessita de vários estímulos, brincar, cantar, dançar, adquire destrezas motoras, e começa o linguajar, que é uma forma poderosa de comunicação. Quando uma criança está em um ambiente seguro, rico em estímulos recebe carinho e atenção também do pai, ela está mais apta ao desmame total com facilidade.

Em termos de desenvolvimento, um desmame antes de 2-3 anos é precoce, o bebê ainda precisa mamar, ainda está em processo de individualização, ainda está na fase oral, os benefícios são muitos, enquanto que a troca por objetos para saciar a necessidade oral não apresenta vantagem alguma. As consequências para o cérebro em desenvolvimento de um bebê que é submetido a mudanças permanentes e abruptas, com interferência de estranhos, choro sem consolo, negação de afeto e as violência emocional podem ser drásticas.

Fonte: http://gaama.bebeblog.com.br/86653/Diga-NAO-ao-desmame-abrupto/






segunda-feira, 18 de junho de 2012

Casais deixam berço e medo de lado para colocar bebê na cama

Maurício, pai do Chico.
MARIANA DESIDÉRIO
DE SÃO PAULO
É hora de dormir. Mariana, de cinco meses, se aloja na cama da família. Antes de embalar no sono, ela estica as mãozinhas para tocar a mãe, Simone, que está ao seu alcance. Durante a noite, gosta de fazer carinho no pai.
Leitor critica costume de deixar recém-nascido dormir na cama dos pais
As mamadas da madrugada acontecem ali mesmo. Não há choro. No quarto ao lado, o berço ficou quase esquecido --virou depósito de fraldas e roupas da menina.
A analista de sistemas Simone Tafinel, 27, só vê vantagens em dormir com a filha. "Ela é calma. Não precisa chorar pra chamar a atenção. Eu também estou mais descansada", diz. A família vai comprar uma cama maior para garantir o conforto.
O hábito de dormir com os filhos vem ganhando adeptos no Brasil. Os defensores da prática argumentam que, na mesma cama, fica mais fácil amamentar à noite e o sono é mais tranquilo. Dizem também que ajuda a criar vínculos entre mãe e filho.
A maioria dos médicos, porém, é contra. Muitos alertam para o perigo de os pais sufocarem o bebê à noite. "No começo, a mãe fica muito cansada, dorme profundamente e pode amassar a criança sem perceber", diz a pediatra e psicanalista Miriam Ribeiro Silveira, da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Sandra de Oliveira Campos, professora do departamento de pediatria da Unifesp, concorda e diz que o berço é o mais adequado para a segurança do bebê.
Para a neurocientista Andréia Cristina Mortensen, da Universidade de Medicina Drexel, na Filadélfia (EUA), o risco de o bebê morrer por dormir com os pais é menor do que o que ele corre de sofrer uma morte súbita estando em seu quarto sozinho.
A morte súbita ocorre sem motivo aparente e afeta bebês nos primeiros meses de vida.
O pediatra especializado em neonatologia Carlos Eduardo Corrêa, que indica a prática da cama compartilhada, diz que ela pode não ser segura quando os pais tomam remédios que interferem no sono. Também é importante nunca dormir com o bebê sob efeito de drogas ou álcool.
Outros cuidados são não deixar nenhum vão pelo qual o bebê possa cair, e não dormir com excesso de cobertas.
Além da segurança do bebê, médicos contrários à prática dizem que, depois, pode ficar difícil convencer a criança que dorme com os pais a dormir sozinha. "Quando ela fica grande, fica desconfortável dormir junto e será preciso enfrentar a situação", diz Sandra Campos, da Unifesp.
O pediatra Carlos Eduardo Corrêa contesta: "Estabelecer esse limite depende de muitas outras coisas, inclusive da sua disponibilidade de fazer essa negociação".
A chefe de cozinha Reila Miranda, 33, diz que sempre ouviu este tipo de argumento, mas mesmo assim resolveu levar a filha Maria, de 11 meses, para dormir com ela.
"No meu intinto de mãe, a Maria tinha que estar comigo o tempo inteiro. Minha cama de casal é o nosso ninho. Acho que vai chegar a hora dela dormir sozinha naturalmente."

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sobre os conselhos, comentários e julgamentos no pós-parto

Acho que uma das coisas que ouço os pais mais reclamarem nos grupos de pós-parto é sobre as falas dos outros a respeito de suas escolhas e modos de agir com seus filhos e filhas. Queria fazer um recorte sobre este tema – que é super amplo, e que dá muito pano pra manga – e aprofundar em um aspecto que acho importante.
O casal, ou a mãe, muito provavelmente estão vivendo a chegada de um(a) filh@ pela primeira vez e, se não, ainda assim, cada filho é um filho, e somos sempre diferentes a cada nova experiência.  Usei a palavra experiência não à toa. A experiência, o experimentar, acaba, muitas vezes, sendo obscurecido debaixo da enxurrada de conselhos, comentários e julgamentos que caem sobre vossas cabeças... e quando eles vêm, fecha o tempo.  Acaba a brincadeira e pode vir a raiva, o medo, a insegurança.
Qualquer semelhança com o universo infantil não é mera coincidência... a gente pode, pela culpa e pela raiva, perder de vista o que exatamente está se dando e que, aliás, é o essencial: que nós possamos experimentar modos de ser e chegar às nossas próprias descobertas. Os conselhos e comentários podem até nos servir de referência, porém, de nada servem se não pudermos senti-los adequados a nós, e isso só se dá por meio do nosso contato real com a experiência. Senão é mera reprodução.
Se tem uma coisa que a criança desperta e continuará despertando em seus pais é a novidade. Porque que então, os pais deveriam saber como ser? E uma vez sendo alguma coisa, dentre tantas possibilidades, ela também não pode ser uma via de conhecimento, válida e legítima? E qual o problema em rever tudo depois, reinventar, a partir de necessidades ou sentimentos reais? Não é assim que os cientistas e artistas – exploradores por excelência – são e agem?
Se pudermos cultivar o ser explorador em nós, também acolheremos essa possibilidade em nossos filhos, que desde cedo são exatamente assim: pequenos descobridores, que desbravam essa aventura que é a vida. E quantos tesouros eles desvendam... Certo e errado, bom e mal, ganham consistência assim. Não porque me disseram, mas porque descobri assim. Ampliam-se assim as possibilidades de estar na vida, e ganha-se algo precioso: a maturidade.
Texto: Cristina Toledano, Psicóloga.
Encontros:
- Grupo de mães no pós-parto, todas as segundas, das 14h às 16h.
Mês de junho: 16 e 30/06, das 13h às 14h30.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Oficina de Arte para Bebês


Clique na imagem para ampliar
Investimento: 40 reais

segunda-feira, 11 de junho de 2012

BRINCAR É COISA SÉRIA!

a capacidade que a criança tem em tornar a brincadeira coisa seria e tornar obrigação em brincadeira me faz pensar que nunca precisamos colocar a criança no estado de "agora não é hora de brincar", "agora você tem que fazer suas obrigações".

um enorme gasto de energia a toa.

o que acontece quando a criança tem uma obrigação a cumprir?
ela transforma aquela obrigação em brincadeira.
e o que acontece quando uma criança brinca?
ela se envolve seriamente.

perfeito!

a não ser que o adulto envolvido na historia esteja tão ressentido com a vida que não consegue ver a alegria fluindo sem pensar que algo de muito errado está acontecendo.

e o que acontece quando é dado a uma criança uma obrigação sem a permissão de transformar aquele momento em alegria?
ela não irá colaborar!

simples assim!

isso porque a inteligencia nata da criança está ativa, e ela sabe que a vida é permeada pela alegria, a vida é alegre por natureza.
e brincadeira é o exercício da alegria.

criança brinca muito bem ao escovar os dentes, ao ajudar nas tarefas de casa, ao ter que cuidar do irmão mais novo, e ao ser cuidado pela irmã mais velha, preparando-se para dormir, e até seria capaz de brincar fazendo lição casa, mas para isso ela não pode nem desconfiar que alguém acha que esses não são momentos de brincadeiras.

me parece que se apagarmos do nosso vocabulário a frase: "agora não é hora de brincar", e isso serve para a criança e para o adulto, a vida irá fluir na direção da alegria.

Texto: Ana Thomaz

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Em SP, onde deixar seu bebê para um compromisso à noite? Com a Roberta!

Roberta e Pietra
A mais recente empreitada da produtora cultural Roberta Martinho começou por necessidade própria. Mãe de Pietra, de 1 ano e 2 meses, ela acaba de iniciar um trabalho como cuidadora no período noturno. “Muitas vezes, eu preciso ir num compromisso à noite, rápido, ou mesmo um cinema com meu marido ou jantar fora e não tinha com quem deixar minha filha”, explica.

O serviço é oferecido na casa dela em São Paulo, um ambiente totalmente adaptado para crianças, por um valor de R$ 20/hora.

Roberta define seu negócio como um empreendimento de mãe para mãe. “Acredito que o empreendedorismo materno seja ligado ao oferecimento de serviços que sejam importantes para outras mães, que liguem toda esta nova sensibilidade desenvolvida com a maternidade com uma forma de ganhar dinheiro com prazer, com afetividade”, diz.

Leia o depoimento completo de Roberta abaixo.

Para entrar em contato, escreva para o email robertamartinho@gmail.com

“Meu negócio partiu de uma necessidade minha, um lugar de confiança que eu pudesse deixar minha filha por poucas horas, que ela ficasse brincando, e melhor ainda, um lugar que tivesse outra(s) criança(s).

Muitas vezes, eu preciso ir num compromisso a noite, rápido, ou mesmo um cinema com meu marido ou jantar fora.

Outro dia, estava brincando com a Pietra, que chega da escola por volta das 18h, tive este insight: vou eu oferecer este serviço!

Minha casa é completamente adaptada para crianças: a sala tem todos os brinquedos acessíveis, nenhum perigo, tem um espaço gostoso e a Pietra ama receber visitas.

Para começar, vou oferecer este serviço de segunda a sexta a partir da 18h e cobrar por hora um valor acessível para as mães que necessitem.

O meu trabalho é de produtora cultural. Adoro o que faço, mas desde que minha filha nasceu, veio junto esta vontade de fazer alguma coisa ligada ao universo infantil.

Este é um primeiro passo para algo maior. Não sei bem o que. Não defino. Mesmo porque acredito que o caminho se faz andando.

Acredito que o empreendedorismo materno seja ligado ao oferecimento de serviços que sejam importantes para outras mães, que liguem toda esta nova sensibilidade desenvolvida com a maternidade com uma forma de ganhar dinheiro com prazer, com afetividade.

Depois que a Pietra nasceu, veio junto com ela a vontade de pensar em algo ligado a crianças, em algo que me conecte ao universo que minha filha está, que me possibilite olhar o mundo com o olhar dela.

Quero neste momento, neste primeiro contato com um negócio que una a minha maternidade com uma forma muito agradável de ganhar dinheiro, entender possibilidades de caminhos, ter crianças por perto para entender em mim o que posso mais desenvolver neste sentido.

Começo feliz da vida, como disse, a oferecer o que é uma necessidade minha já que muitas e muitas vezes não posso ir a um compromisso com meu marido, pois não tenho um lugar bacana para deixar a Pietra".

Gostou do trabalho da Roberta?

Entre em contato com ela!

robertamartinho@gmail.com

Fonte: http://empreendedorismomaterno.blogspot.com.br/2012/05/em-sp-onde-deixar-seu-bebe-para-um.html