sexta-feira, 30 de março de 2012

Nasce o Espaço Nascente

O que está acontecendo? Que lugar é esse? Quanta luz... ai que frio!


Humm, um calorzinho... Que olhar doce. Todo o mundo deveria poder encontrar um olhar acolhedor quando nasce.


É o que esperamos por toda a vida, a cada nascimento. Acho que é isso que se chama “ESPERANÇA”.


A cada mudança de lugar, de vida, há uma emoção que nos acompanha e que nos motiva a acreditar que tudo vai melhorar.


Se desde bebês guardamos a lembrança de um abraço materno e um olhar amoroso com certeza vai ser mais fácil poder mudar e melhorar.


Eu tive um sonho...


Sonhei que entrava numa casa, acompanhado por amigos. Esta casa de dois andares tinha uma escada que nos levava para o andar de baixo. Lá havia uma sala que se abria numa porta para o mar. “Quando o mar tema mais segredo, não é quando ele se agita, nem é quando é tempestade, nem é quando é ventania, quando o mar tem mais segredo é quando é calmaria”.


Podia ver o sol.
Podia ver uma mulher grávida.
Podia ver seu filho através de uma barriga transparente.

Essa viagem me acompanhou por anos.
Hoje vivo este sonho. Encontrei a tal casa.
Encontrei mulheres grávidas. Vi o sol e o menino nascer!

É uma grande emoção que me toca agora. Uma esperança, uma realização, uma aventura.
É engraçado pensar que o nascimento não é um fim. Não é o que determinava o final do parto. É o começo!


E vamos passar uma vida de gestar idéias e realizações, pari-los e vê-los nascer, sem que com isso chegamos ao fim.


Com muita alegria vivo este momento, nasce o Espaço Nascente. Surge um lugar que assim como o mar, é calmaria, é tormenta, é vida.


Convido vocês para participar deste intenso momento. Estamos celebrando a chegada do Espaço Nascente, que como o nome diz é o COMEÇO. É a celebração da esperança.


A realização de um sonho,
Suave,
Intenso,
Nascente.

Obrigado,
Carlos Eduardo Corrêa, o Cacá – Padiatra/Neonatologista

sexta-feira, 23 de março de 2012

Sobre a minha decisão de acompanhar menos partos

Recentemente, tomei a decisão de acompanhar menos partos. Esta decisão tem relação com uma visão que tenho sobre os nascimentos, mas também com um momento de vida muito particular que eu gostaria de compartilhar com vocês.

Acredito que o nascimento é uma experiência fantástica para quem está nascendo e também pra todos que compartilham este momento com a nova vida. Eu, particularmente, tenho o privilégio de estar presente frequentemente no instante de nascimento de diversas famílias.

No entanto, vivi recentemente uma grande sensação de cansaço. Um cansaço físico, talvez emocional. Afinal, o parto que antecipa o nascimento sempre é vivido com grande expectativa, nervosismo, ansiedade e todas as palavras que tentam expressar este conjunto tão complexo de sensações vividas antes da chegada de novas vidas.

Entendo cada vez mais por que os pais se preparam para o parto e pouco se preparam para o nascimento. Afinal, se soubessem o que é o “nascer” não estariam nascendo como pais e não estaria nascendo um novo SER.

Sendo assim, acho que tive que me gestar como um “recepcionista de bebês” para este mundo: o mundo do ar, o mundo lá fora, a vida fora do útero. E precisei parar por um tempo.

É claro que a vontade de ter uma vida mais livre e mais solta foi central para este giro que dei. Ter noites livres, finais de semana inteiros, viagens imaginárias, manhãs dormindo e todos os privilégios de que gostaria de poder desfrutar por poder controlar meu próprio tempo. Que maravilha!

Aí veio aquela vontade de nascer! Ai que vontade de nascer!

E para nascer é preciso haver o parto.

Eu queria compartilhar com vocês, leitores do meu blog, pacientes e amigos que estou em trabalho de parto e não sei direito quem vai nascer.

Resolvi que eu posso tentar atender um número menor de nascimentos. Quero poder estar presente nestes momentos sem perder outras coisas da minha vida e ajudando a famílias de novas formas, com novas atividades e não apenas recebendo e acompanhando nascimentos.

E é isso que comecei a fazer.

Penso que viver e trabalhar assim é mais justo comigo e sinto que desta forma posso ajudar mais e melhor os pais que estão começando.

Estou experimentando.
Estou tentando nascer assim,
Suave assim...

Um beijo carinhoso a todos que me acompanham nesta jornada.

Dr. Carlos Eduardo Corrêa (Cacá) – Pediatra/Neonatologista

terça-feira, 20 de março de 2012

Inauguração do Espaço Nascente

Clique na imagem para ampliar


No próximo dia 31, nasce um espaço para toda a família em São Paulo.
E você é nosso convidado para esta festa tão especial.

Inauguração do Espaço Nascente

Venha participar de atividades gratuitas durante todo o dia.
Vamos reunir mães, pais, bebês, crianças, famílias e cuidadores em uma confraternização receptiva, calorosa e prazerosa.

Montamos uma programação especial para que todos possam conhecer o espaço, seus colaboradores e as atividades que oferecemos.
Esperamos vocês aqui! A casa está aberta!

Inauguração do Espaço Nascente: atividades gratuitas para toda a família
Dia 31/03/2012, das 10h às 18h
Rua Grajaú, 599 - Próximo ao metrô Sumaré - São Paulo


Informações:


No Facebook:


Página do evento do Facebook:





quarta-feira, 14 de março de 2012

Era uma vez...

Por Carla Oliveira

Não há nada mais gostoso do que sonhar com o príncipe encantado... permita que seu filhos vivam as magia dos contos de fadas! Além de divertidas, as histórias ajudam as crianças a entender melhor seus próprios sentimentos.

Há Muito tempo atrás, num lugar bem longe daqui, nasciam os contos de fadas. Se fôssemos contar a origem desse tipo de história, teríamos que começar assim mesmo, de forma imprecisa - tal como se iniciam os próprios contos de fadas. Os primeiros livros são datados do século XVII, mas isso não significa que foram escritos naquela época. "Esses escritores apenas relataram as histórias que lhes tinham sido contadas por outras pessoas que, por sua vez, as tinham ouvido de seus pais e avós; histórias que pertenciam à cultura e à tradição dessas famílias", explica a educadora Vânia Dohme, autora do livro "Técnicas de Contar Histórias".

O fato é que realmente não importa onde, quando e nem por quem foram escritos os contos de fadas. Aliás, o grande mérito deles é justamente esse. Ninguém sabe como surgiram exatamente, mas todos se identificam com eles. Histórias como a da Cinderela e da Branca de Neve fazem sonhar as crianças do Brasil, da China, da Austrália, do Marrocos... E são essas mesmas histórias que também fizeram sonhar os pais dessas crianças, os avós, os bisavós...

Nem todos os contos de fadas têm, necessariamente, uma fada. Eles recebem essa denominação porque as fadas remetem à magia, encantamento e feitiços, estes sim elementos essenciais desse tipo de contos. Em Cinderela, por exemplo, a fada transforma ratos em cavalos, roupas velhas num lindo vestido bordado com fios de ouro e uma abóbora em carruagem. Não há imaginação, por mais preguiçosa que seja, que não se deslumbre com essas traquinagens.

"Outra característica dos contos de fadas é a independência com o tempo e com o espaço. As histórias podem acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar, simplesmente quando Era uma vez...", explica Vânia. Além disso, os personagens das histórias têm qualidades extremas, sem meio termo. Ou são belas ou muito feias, ou boas ou más e assim por diante. Isso faz com que cada personagem seja muito marcante - impossível esquecer a crueldade da madrasta da Branca de Neve ou a doçura da Bela Adormecida!

Felizes para sempre

Além de estimularem a imaginação e a criatividade, os contos de fada possibilitam às crianças a compreensão de alguns fatos que elas não conseguem entender. "Um exemplo é a história de Chapeuzinho Vermelho. A criança ouve seus pais falarem do medo e tem medo também sem saber do quê. O lobo funciona como um símbolo do perigo, de alguém com quem é preciso ter cuidado. Pronto! O medo tem cara, pêlos e dentes afiados: é um lobo! E o que acontece? Ele engole chapeuzinho, o que significa que os temores se concretizaram", explica a educadora.

No final da história, o caçador abre a barriga do lobo e salva a Chapeuzinho Vermelho. "Esta história mostra à criança que o medo tem forma mas, mesmo que terríveis males aconteçam, as coisas podem acabar bem, o que lhe dará esperança e, conseqüentemente, segurança", conclui Vânia. Essa contextualização dos sentimentos é muito importante para crianças até os sete anos de idade, pois seu entendimento ainda está mais baseado na emoção do que na razão.

Os contos de fadas também ajudam a promover a estabilidade emocional dos pequenos, fornecendo respostas às suas dúvidas e medos. Um exemplo disso é que todos os contos de fadas terminam com um casal vivendo feliz para sempre. "Os casais felizes lhe mostram que no futuro também está reservado alguém que lhe vai dar total atenção, com o qual viverá feliz para sempre!", revela a educadora.

A presença freqüente das madrastas nas histórias de fadas também tem uma função muito importante, pois, segundo Vânia, ajuda as crianças a entender o sentimento ambíguo que têm pelas mães. "Como pode sua mãe meiga e carinhosa se tornar nervosa, tão brava e dando tantas broncas? É mais fácil entendê-la como uma madrasta má, que pode ser descartada facilmente, para dar lugar novamente à mãezinha que ele tanto ama", explica.

Participe das histórias!

Cinderela, Rapunzel, João e Maria, Chapeuzinho Vermelho, A Bela e a Fera, O Mágico de Oz e Pinóchio são alguns dos contos de fada mais tradicionais que não podem deixar de ser apresentados para as crianças. Mergulhar numa história repleta de monstros, princesas, seres enfeitiçados, castelos e lugares mágicos é uma experiência inesquecível. Quem nunca pegou um livro que leu quando era criança e percebeu que conhecia as frases de cor e reconheceu cada figura, como se as tivesse visto no dia anterior?

Para aumentar a intensidade dessa experiência, é muito importante também que você leias as histórias para os seus filhos. "Estes momentos trazem uma cumplicidade que aumenta os laços afetivos, a confiança e a camaradagem", diz Vânia. Atenção: ler uma história é diferente de contar. Ler a história como se estivesse lendo bula de remédio, só para que seu filho durma logo, não está com nada. Deixe a preguiça de lado e viva esse momento. Conte a história devagarzinho, com entonação, interpretando-a, abusando de expressões faciais e gestos, mudando algumas palavras, franzindo as sobrancelhas, fazendo uma pausa misteriosa. Entre na história!

Depois de lê-la, você pode também alugar o filme para assistirem juntos. A Disney transformou muitos contos de fadas em desenhos maravilhosos, que se mantêm fiéis às mensagens e à fantasia que eles carregam. E não pare por aí! Use fantoches, bonecos, teatro de sombras, tudo o que for possível para que as histórias adquiram cada vez mais elementos diferentes, novos, fazendo a imaginação voar ainda mais longe.

Quando seu filho for um pouco mais velho, por volta dos oito ou nove anos, provavelmente perderá um pouco o interesse pelos contos de fadas. Nessa idade, você não poderá deixar de comprar para ele um livro de fábulas, aquelas histórias curtinhas que sempre apresentam uma lição no final, como "A raposa e as uvas", "A cigarra e as formigas" ou a famosa "A lebre e a tartaruga". As fábulas também contêm ensinamentos preciosos. Mas aí já é outra história... que fica para uma outra vez!

Para saber mais:
Técnicas de contar histórias, de Vânia Dohme, Editora Informal.
Rapunzel, de Lais Carr Ribeiro, Editora Moderna
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Fonte: http://www.clicfilhos.com.br/site/display_materia.jsp?titulo=Era+uma+vez...

sábado, 10 de março de 2012

O que ensinar a seus filhos sobre crianças especiais

Ellen Seidman, do blog “Love That Max”; mãe do Max, que tem paralisia cerebral

Esta entrada foi publicada em março 1, 2012.
Por Ellen Seidman, do blog “Love That Max“

Eu cresci sem conhecer nenhuma outra criança com necessidades especiais além do Adam, um visitante frequente do resort ao qual nossas famílias iam todos os verões. Ele tinha deficiência cognitiva. As crianças zombavam dele. Fico envergonhada de admitir que eu zombei também; meus pais não faziam idéia. Eles eram pais maravilhosos, mas nunca pensaram em ter uma conversa comigo sobre crianças com necessidades especiais.

E, então, eu tive meu filho Max; ele teve um AVC no nascimento que levou à paralisia cerebral. De repente, eu tinha uma criança para quem outras crianças olhavam e cochichavam a respeito. E eu desejei tanto que seus pais falassem com elas sobre crianças com necessidades especiais.

Já que ninguém recebe um “manual de instruções da paternidade”, algumas vezes, pais e mães não sabem muito o que dizer. Eu entendo totalmente; se eu não tivesse um filho especial, eu também me sentiria meio perdida. Então, eu procurei mães de crianças com autismo, paralisia cerebral, síndrome de down e doenças genéticas para ouvir o que elas gostariam que os pais ensinassem a seus filhos sobre os nossos filhos. Considere como um guia, não a bíblia!

Pra começar, não tenha pena de mim
“Sim, algumas vezes, eu tenho um monte de coisas pra lidar — mas o que eu não tenho é uma tragédia. Meu filho é um menino brilhante, engraçado e incrível que me traz muita alegria e que me enlouquece às vezes. Você sabe, como qualquer criança. Se você tiver pena de mim, seu filho vai ter também. Aja como você agiria perto de qualquer outro pai ou mãe. Aja como você agiria perto de qualquer criança.”

Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos
“Quando a Darsie vê crianças (e adultos!) olhando e encarando, ela fica incomodada. Minha filha não se sente mal por ser quem ela é. Ela não se importa com o aparelho em seu pé. Ela não tem autopiedade. Ela é uma ótima garota que ama tudo, de cavalos a livros. Ela é uma criança que quer ser tratada como qualquer outra criança—independente dela mancar. Nossa família celebra as diferenças ao invés de lamentá-las, então nós te convidamos a fazer o mesmo.”

Use o que eles tem em comum
“Vai chegar uma hora em que o seu filhinho vai começar a te fazer perguntas sobre por que a cor de uma pessoa é aquela, ou por que aquele homem é tão grande, ou aquela moça é tão pequena. Quando você estiver explicando a ele que todas as pessoas são diferentes e que nós não somos todos feitos do mesmo jeito, mencione pessoas com deficiências também. Mas tenha o cuidado de falar sobre as similaridades também—que uma criança na cadeira de rodas também gosta de ouvir música, e ver TV, e de se divertir, e de fazer amigos. Ensine aos seus filhos que as crianças com deficiências são mais parecidas com eles do que são diferentes.”

Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar
“Meu filho Bejjamin faz barulhos altos e bem agudos quando ele está animado. Algumas vezes, ele pula pra cima e pra baixo e sacode os braços também. Diga aos seus filhos que a razão pela qual crianças autistas ou com outras necessidades especiais fazem isso é porque elas tem dificuldades pra falar, e é assim que elas se expressam quando estão felizes, frustradas ou, algumas vezes, até mesmo por alguma coisa que estão sentindo em seus corpos. Quando Benjamim faz barulhos, isso pode chamar a atenção, especialmente se estamos em um restaurante ou cinema. Então, é importante saber que ele não pode, sempre, evitar isso. E que isso é, normalmente, um sinal de que ele está se divertindo.”

Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças
“Em 2000, quando meu filho foi diagnosticado com autismo, eu tive muita dificuldade em arrumar amiguinhos para brincar com ele. Vários pais se assustaram, a maior parte por medo e desconhecimento. Fiquei sabendo que uma mãe tinha medo do autismo do meu filho ser “contagioso”. Ui. Treze anos mais tarde, sou tão abençoada por ter por perto várias famílias que acolheram meu filho de uma forma que foi tão benéfica para o seu desenvolvimento social. Fico arrepiada de pensar nisso. A melhor coisa que já ouvi de uma mãe foi o quanto a amizade com o meu filho foi importante para o filho dela! Que a sua proximidade com o RJ fez dele uma pessoa melhor! Foi uma coisa tão bonita de se dizer. Quando tivemos o diagnóstico, ouvimos que ele nunca teria amigos. Os amigos que ele tem, agora, adorariam discordar. Foram os pais deles que facilitaram essa amizade e, por isso, serei eternamente grata.”

Encoraje seu filho a dizer “oi”
“Se você pegar seu filho olhando pro meu, não fique chateada — você só deve se preocupar se ele estiver sendo rude, mas crianças costumar reparar umas nas outras. Sim, apontar, obviamente, não é super educado, e se seu filho apontar para uma criança com necessidades especiais, você deve dizer a ele que isso é indelicado. Mas quando você vir seu filho olhando para o meu, diga a ele que a melhor coisa a fazer é sorrir pra ele ou dizer “oi”. Se você quiser ir mais fundo no assunto, diga a ele que crianças com necessidades especiais nem sempre respondem da forma como a gente espera, mas, ainda assim, é importante tratá-las como tratamos as outras pessoas.”

Encoraje as crianças a continuar falando
“As crianças sempre se perguntam se o Norrin pode falar, especialmente quando ele faz seu “barulhinho alto corriqueiro”. Explique ao seu filho que é normal se aproximar de outra criança que soa um pouco diferente. Algumas crianças podem não conseguir responder tão rápido, mas isso não significa que elas não tem nada a dizer. Peça ao seu filho para pensar no seu filme favorito, lugar ou livro—há grandes chances da outra criança gostar disso também. E a única forma dele descobrir isso é perguntando, da mesma forma que faria com qualquer outra criança.”

Dê explicações simples
“Algumas vezes, eu penso que nós, pais, tendemos a complicar as coisas. Usando alguma coisa que seus filhos já conhecem, algo que faça sentido pra eles, você faz com que a “necessidade especial” se torne algo pessoal e fácil de entender. Eu captei isso uns anos atrás, quando meu priminho me perguntou “por que o William se comunicava de forma tão diferente dele e de seus irmãos”. Quando eu respondi que ele simplesmente nasceu assim, a resposta dele pegou no ponto: “Ah, assim como eu nasci com alergias”. Ele sabia como era viver com algo que se tem e gerenciar isso para viver diariamente. Se eu tivesse dito a ele que os músculos da boca de William tem dificuldade em formar palavras, o conceito teria se perdido na cabeça dele. Mas alergia fazia sentido pra ele. Simplicidade é a chave.”

Ensine respeito às crianças com seus próprios atos
“Crianças aprendem mais com suas ações que com suas palavras. Diga “oi” para a minha filha. Não tenha medo ou fique nervosa perto dela. Nós realmente não somos tão diferentes de vocês. Trate minha filha como trataria qualquer outra criança (e ganhe um bônus se fizer um comentário sobre o lindo cabelo dela!). Se tiver uma pergunta, faça. Fale para o seu filho sobre como todo mundo é bom em coisas diferentes, e como todo mundo tem dificuldades a trabalhar. Se todo o resto falhar, cite a frase do irmão de Addison: “bem, todo mundo é diferente!”.”

Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem
“Nós estávamos andando pelo playground e a coleguinha da minha filha não parava de encarar o meu filho, que é autista e tem paralisia cerebral. Minha filha chamou a atenção da colega rapidinho: “Você pode dizer “oi” pro meu irmão, você sabe. Só porque ele não fala, não significa que ele não ouve você”. Jack não costuma falar muito, mas ele ouve tudo ao redor dele. Ensine aos seus filhos que eles devem sempre assumir que crianças especiais entendem o que está sendo dito, mesmo sem poderem falar. É por isso que eles não vão dizer “o que ele tem de errado?”, mas poderão até dizer “Como vai?”.”

Inicie uma conversa
“Nós estávamos no children’s museum e um garotinho não parava de olhar para Charlie com seu andandor, e a mãe dele sussurrou em seu ouvido para não encarar porque isso era indelicado. Ao invés disso, eu adoraria que ela tivesse dito “esse é um andador muito interessante, você gostaria de perguntar ao garotinho e à sua mãe mais a respeito dele?”.”

Não se preocupe com o constrangimento
“Vamos combinar de não entrar em pânico caso seu filho diga algo embaraçoso. Você sabe, tipo se nós estivermos na fila do Starbucks e o seu filho olhar para a Maya e pra mim e disser algo como “Eca! Por que ela está babando?” ou “Você é mais gorda que a minha mãe”. Embora esses não sejam exemplos ideais de início de conversa, eles mostram que o seu filho está interessado e curioso o suficiente para fazer contato e perguntar. Por favor, não gagueje um “mil desculpas” e arraste seu filho pra longe. Vá em frente e diga baixinho o pedido de desculpas, se você precisar, mas deixe-me aproveitar a oportunidade: vou explicar a parte da baba e apresentar Maya e contar da paixão dela por crocodilos, e você pode ser a coadjuvante no processo, dizendo “lembra quando nós vimos crocodilos no zoológico?” ou coisa parecida. Quando chegarmos ao caixa, o constrangimento vai ter passado, Maya terá curtido conhecer alguém novo, e eu terei esperanças de que seu filho conseguiu ver Maya como uma criança divertida, ao invés de uma “criança que baba”. (E eu irei simplesmente fingir que não ouvi a parte do “mais gorda que a minha mãe”).”






sexta-feira, 9 de março de 2012

segunda-feira, 5 de março de 2012

Amamentar é...

Foto: Ângelo, Luciana e a Sarah de 4 meses.

Como muitos sabem acabei ficando expert na arte de amamentar, rs, e não foi por acaso. O que se vê hoje em dia são muitas campanhas em prol da amamentação, e depois que passei por todas as dificuldades dá para entender o por que. PORQUE É DIFÍCIL!

Não, as harpas não tocam nas primeiras vezes que você vai amamentar, não tem um coral cantando atrás, tudo o que se vê é um cenário onde uma mãe descabelada e sonolenta tenta encaixar o bebê molenga no bico do peito que está rachado, doendo com a descida do leite. O resultado pode ser desastroso, ainda mais quando somamos tudo isso a palpites como: Você não tem leite suficiente, seu bebê está muito magrinho, seu bebê está chorando de fome, você nunca mais vai poder fazer nada porque seu bebê só vai querer saber de ficar pendurado no seu peito, em outras palavras: DESMAME JÁ! E aí a gente se pergunta: Por que em outras épocas ou outros lugares tudo era mais fácil? Os peitos não empedravam, não rachavam, os bebês não choravam? SIM.

Acontecia tudo isso! Mas tenho certeza que já existiu uma época onde amamentar era a única opção, não existiam palpites como esse porque amamentar tinha que acontecer. O bebê precisava aprender a "pega" e a mãe precisava esperar o bico cicatrizar com o bebê mamando o tempo que fosse. Não existiam leites em pó, mamadeiras tão acessíveis, ou talvez nem existissem! E com tudo isso não existia a pressão da sociedade em amamentar, porque isso era fato. Não sei quando isso já aconteceu, mas tenho certeza que já aconteceu.

É uma faca de dois gumes. Se você amamenta as pessoas acham estranho e até obsceno você sacar os peitões para fora. "Imagina, inventaram a mamadeira e o leite em pó para isso, hoje a mulher é moderna e não precisa amamentar." Se você não amamenta é bombardeada por campanhas onde o aleitamento materno é o único alimento capaz de deixar seu filho feliz, saudável e sem isso ele crescerá burro e sem energia.

Mas, e se não dá? Aqui no Brasil existem muitas mulheres (muitas até conhecidas minhas) que desmamaram precocemente, não porque não queriam amamentar, mas por N motivos onde os bebês rejeitaram o peito ou por falta de apoio em continuar, diante de todas as dificuldades -reais ou inventadas- que existem ao amamentar.

As campanhas na minha visão estão totalmente equivocadas, pois trazem um sentimento ainda mais frustrante e negativo na mulher que está tentando amamentar, como se ela fosse incompetente, ignorante e até mesmo deficiente! Muitas entram em depressão pós parto por conta disso. Sei porque eu quase fui uma dessas.

Não estou dizendo que a mulher tem o direito de optar por amamentar ou não. Claro, livre arbítrio e cada um faz o que quer com sua vida, mas acho que é dever da mulher amamentar sim. Mas acho que o modo como é falado é muito fantasiado. Não existe apoio, somente uma imposição. É isso ou você é "menas mãe". Colocam a toda bonita Juliana Paes amamentando seu filho diante de um céu azul e só faltam anjinhos em volta. E aí a mãezinha tem seu bebê e acontecem todos os desastres possíveis: bico estourado, mastite, infecção por fungo, sapinho, pega incorreta, bebê que só chora. Ela se questiona: "O que eu estou fazendo de errado? Por que não é prazeroso amamentar? Por que dói? Por que ele fica pendurado o dia inteiro no meu peito? Por que ele não mama de 3 em 3 horas?" E diante das imagens mais lindas e plenas do mundo que é uma foto de uma mãe maquiada e sorridente amamentando ela conclui: " Não sirvo para isso, meu bebê me odeia, não sou boa mãe". Algumas até acham que não gostam de seus filhos, porque não sente felicidade em amamentar.


Esse pensamento não deveria acontecer, pois hoje vejo que tudo é um aprendizado, é encaixe, é conhecimento e auto conhecimento e que é bloqueado pela imposição do que "é para ser". Essas campanhas não incentivam o aleitamento materno exclusivo, não trazem informações sobre o puerpério e sobre todos os possíveis "problemas", e quando trazem algumas informações, essas não são seguidas pelos pediatras atuais que te ameaçam prescrever complemento se na próxima semana seu bebê não tiver engordado. Parece um cabo de guerra!

O que tenho para dizer diante de toda essa dificuldade das mulheres amamentarem exclusivamente é: Se informem com profissionais totalmente a favor do aleitamento materno, façam questão de entender o seu corpo, como ele funciona, entenda na medida do possível as necessidades do seu bebê, e entenda que cada um é cada um. O que acontece entre meu bebê e eu pode não acontecer com você e o seu bebê. Pode ser mais fácil, pode ser mais complicado. Mas nada está errado desde que você siga o que seu coração pede.

Eu quase desmamei a Sarah, quase fui vencida pelo cansaço e por todos que já não aguentavam mais. Dou os parabéns a mim mesma todos os dias por ter revertido a situação, mas tenho cicatrizes internas que ainda doem muito todos os dias também. Tudo isso quase custou minha sanidade, mas amamentá-la me livrou da depressão, disso eu tenho certeza.

Mas... cheguei no limite da minha sanidade mental, e isso eu não recomendo. Hoje eu tenho em mente que, amamentar é muito mais que o aleitamento materno. é dar amor, carinho, ter paciência, ensinar, aprender, acalentar, dar o melhor de si, é o olho no olho, pele com pele. Sem isso você não dá o que realmente seu filho precisa. Não adianta amamentá-lo sem realmente estar ali com ele, fazer parte daquele momento também.

Fonte: http://nalegriaenatristeza.blogspot.com/2012/02/amamentar-e.html

quinta-feira, 1 de março de 2012

Slingada, nesse sábado!!!


Tem Slingada Sábado dia 03/03/2012 das 13h30 às 17h.

Para quem não conhece a Slingada é um evento aberto e gratuito que acontece todos os primeiros sábados do mês a quase 8 anos. (Informações viste o blog www.slingada.blogspot.com)

Nesse encontro você pode tirar todas as suas dúvidas sobre os diversos tipos de carregadores de bebês, fazer teste drive, comprar, aprender posições e amarrações, independente de marcas ou modelos, o importante é sair por ai slingando com "segurança".

Onde: Espaço Nascente
Rua Grajaú, 599 – Perdizes (próximo ao Metrô e Av. Sumaré).

E para esse encontro convidamos a Dra. Leandra Sambiase - Odontopediatra, Ortodontista e Antroposófica, vai falar sobre “odontologia para bebês”.

*Para os nossos visitantes brinde especial do Cimematerna (www.cinematerna.org.br)

Tem fraldada tb!!!! Dúvidas sobre fraldas ? É só aparecer.

**Traga um lanchinho para compartilharmos.

Ajudem a divulgar o evento!!!

Esperamos por vocês.

Espaço Nascente e

Rosangela Alves - Consultoria gratuita em carregadores para bebês

(Sampa Slings)
www.slingada.blogspot.com
www.sampasling.com.br
www.maternaemcanto.blogspot.com
(11) 8383-9075