segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Neurociências em Beneficio da Educação

Por Roberta Pimentel
Para Professores, Pais e Profissionais Clínicos.
Se ainda existem salas de aula onde os professores ensinam prioritariamente conteúdo, cuidado! Mudanças de paradigmas já se concretizaram. Quanto mais algumas salas de aula demorarem para colocarem essas mudanças em práticas, mais dificuldades professores e alunos apresentarão no processo de ensino e aprendizagem.
Nossa geração precisa aprender conteúdo ou aprender a aprender?
Comentei em outros posts sobre as diversas mudanças metodológicas que as nossas escolas já passaram. Das propostas tradicionais às atuais tendências conexionistas, passando pela Escola Nova, Socioconstrutivismo e outras. Em todas as mudanças nunca se deixou de valorizar o olhar atento do processo individual de aprendizagem e o todo de cada aluno – emocional, físico e intelectual. No entanto, nunca estivemos tão perto das possibilidades científicas de entendermos essas singularidades e não apenas de valorizá-las.
Em um passado não muito distante entendíamos que os professores não podiam ser os únicos detentores do conhecimento e por isso almejamos mudanças e fizemos muitas alterações. Inserimos em nossas escolas propostas pedagógicas diversas para superar algumas barreiras impostas nas antigas escolas, absolutamente tradicionais.
No entanto, vejo muita contradição ainda, pois, de certa forma, vejo em quantidades bem significativas, aulas tradicionais sim, e bem tradicionais, onde os professores tentam a todo custo conquistar a atenção dos alunos, motivá-los de alguma forma, mas pouco resultado conseguem. Nunca presenciamos tantos professores afastados por justa causa como nos dias atuais.
O que podemos assumir como nossas responsabilidades diante disso tudo? Existem inúmeros problemas burocráticos – como se diz de modo informal – que interferem diretamente nas possibilidades de avanços por parte dos professores, que acabam se sentindo de mãos atadas, é uma verdade. Entre tais problemas aponto o número de alunos por sala e as exigências de grade curricular.
Mesmo com os problemas impostos no cotidiano escolar, o que é possível mudar? Ir além das dificuldades é algo que me fascina.
Se você entende melhor o que está acontecendo no cérebro de uma criança, você pode mediar esse conhecimento para chegar até seu filho ou aluno com mais facilidade. Nessa perspectiva deposito as atuais possibilidades e necessidade de mudanças nas práticas pedagógicas.