São tantas certezas que encontro no caminho pessoal e profissional, tanta gente liberta do medo da dúvida, que ando me sentindo solitário em caminhar a trilha da incerteza. Do talvez. Do nem sempre.
Me encontrei com Deus, me encontrei nesta linha de pensamento, me encontrei neste sentimento, superei dificuldades, me superei.
Me encontrei com Deus, me encontrei nesta linha de pensamento, me encontrei neste sentimento, superei dificuldades, me superei.
E aí? Para onde se vai depois da superação?
Acabou? Estou pronto ?
Aliás, superação parece a palavra correta da vez, mas que para mim significa um ato contínuo. Superar deveria ser o que todos diriam todos os dias por viverem este dia.
Quem disse que a superação está em um lugar? Está num acontecimento? A superação está num encontro com um eu melhor e maior que provavelmente irá nos predispor a novas questões? Novas dificuldades? Nova necessidade de superação?
Ou não?
E aqueles que não superaram isto ou aquilo estão piores?
É tanta avaliação de valor, melhor ou pior, que a confusão fica enorme. Palavras perigosas que constroem castas de certos e errados e fazem todos viverem um papel fictício de "ganhadores e perdedores".
E novamente, o amor e a compaixão se esvaem, sangram e morrem. Pela natureza da compaixão não há quem ganhe ou perca e muito menos pela lei do amor. Não sejamos super heróis de nós mesmos e muito menos heróis para o mundo.
Sejamos bons humanos com defeitos e qualidades. A vida não deveria ser vista da ótica do certo ou errado e sim da emoção que cada momento carrega. A amorosidade é misteriosa e envolve dizer sim e não, mesmo que isto não agrade. Mesmo assim, aproxima as pessoas.
As torna reais.
As faz humanas.
As faz humanas.
Colagem de Diego Maxx |